Tarde de um domingo branco
o lago ondula suavemente
a paisagem ao redor ressona
ao longe, gritos de crianças lembram-me onde estou.
Um sopro cósmico e aqui estamos
pisando misticamente a terra de séculos.
O trágico de tudo isso é saber-se só:
a natureza é indiferente ao homem
o rumor contingente de tudo que nos é externo
replica nos mudos silêncios desse sagrado
como se dissesse: olhe o espelho.
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