Sonho com o céu
ardente
o que resta do dia
no enigma
de pedra, sombra e
nada:
a larva suspensa no
fogo lento
dos séculos
silenciados
fogo eterno serpenteando
nas dobras do tempo.
Na vida ordinária
a mariposa bate as
asas
nas cinzas do sol
e árvores que se
levantam
trópicas em seu
destino
no silêncio
no vazio:
vida ubíqua que
pulsa e vibra
[repetidamente]
em múltiplos
universos.
No coração do homem
queima a rosa,
morte breve
nas brancas cicatrizes
que se abrem
em pétalas de
púrpura
e amor e dor
por todos os
caminhos
ya no se piensan
ya no se sueñan.