A racionalidade empurra-me em direção ao
real
mas o canto da noite [sob o céu desse
abril]
soa como uma cítara triste
vejo pousar no invisível ser do mundo
a individualidade inerte
o espírito do silêncio
o ideal que não pode ser realizado
a realidade impenetrável :
se há forma humana nas dimensões
espaciais
é porque o espírito que habita o sensível
rasga o véu do silêncio supremo
e a natureza exterior
e a natureza exterior
manifesta-se nos limites da alma [como um outro]
a intervalos regulares.
[Foto: Charlotte Spetalen]
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